Quatro presos políticos mapuches completam hoje 85 dias da greve de fome, iniciada no último 15 de março, como protesto ao julgamento parcial que receberam, à condição de preso político e a todos os vícios que envolvem o processo. Jonathan Huillical Méndez, Jose Huenuche Reimán e Ramón LLanquileo Pilquimánoram haviam sido condenados a vinte anos de prisão por uma tentativa de homicídio e o roubo a um agricultor, em 2008. Entidades de direitos humanos contestam a validez das provas e do julgamento dos mapuches.
Na última sexta-feira, 03 de junho, eles tiveram suas penas revistas pela justiça chilena. As penas foram rebaixadas para três anos, exceto a de Héctor Llaitul Carillanca, ex dirigente da Coordenadora Arauco Malleco (movimento que organiza a luta mapuche no Chile), foi sentenciado a quatro anos, mas antes deve cumprir outra condenação de cinco anos. O rebaixamento das penas é, sem dúvida, uma resposta às intensas manifestações que vem sendo realizadas no Chile e no exterior. Diversas organizações condenam a perseguição do Estado chileno aos mapuches. No Chile ainda vigoram leis antiterroristas da época da ditadura militar. No caso dos mapuches, foi usado o recurso de testemunhas sem rosto. Atualmente, há mais de cinquenta presos políticos mapuches no Chile e muitos mapuches passaram à clandestinidade para seguir com sua luta por autoderteminação.
Segundo o último informe médico, realizado em 29 de maio, Héctor Llaitul Carrillanca de 43 anos, perdeu 23kg, e Jonathan Sady Huillical Méndez, de 23 anos, perdeu 21kg. Os dois estão seriamente desnutridos. Jose Huenuche Reimán e Ramón LLanquileo Pilquimánoram estão hospitalizados e não há maiores informações sobre o estado de saúde deles. Na próxima edição de AND, veja a cobertura completa.
terça-feira, 7 de junho de 2011
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Mais, mais!! Cade? Atualiza isso, menina! Bom demais ler seus textos. Beijo
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