domingo, 30 de novembro de 2014

Pequenas histórias e dicas de Cuba (Parte I)



Esta praia, com água quentinha, está há poucos minutos de La Habana...

Primeiro, é preciso dizer que Cuba é meu lugar preferido em todo o mundo. Sim, eu moraria em Cuba. Sim, estou cogitando ir!!!!


Eu estive em Cuba durante dois meses, novembro e dezembro de 2012. Fui como bolsista da Unesco para fazer uma pós graduação no Instituto Internacional de Periodismo José Martí. Fiquei hospedada no hotel da Escola, onde dormíamos, comíamos e dançávamos :)
Tive muitos e maravilhosos amigos cubanos, então a minha visão e as minhas dicas é de alguém que não esteve em Cuba como turista. De alguém que era, em 95% do tempo, confundida com uma cubana, de alguém que cruzou o país e conheceu uma realidade um pouco diferente de Varadero.
Mas, vamos lá para as dicas, que são o mais importante!

Melhor época para ir a Cuba
O ano inteiro. Cuba é uma ilha muito pequena e, relativamente, barata. Eu estive lá no suposto inverno, com temperaturas de 20 graus. A água continuava morninha, as praias não estavam tão lotadas. Mas é uma época na qual chovem turistas dos lugares frios, tipo Islândia, Noruega, Groenlândia, etc. Mas não é o verão. É um tempo agradável, eu diria. Você vai precisar de um casaquinho leve para a noite, se for friorento. E é também o mês do Festival Internacional de Cinema de La Habana. A maravilha das maravilhas.

Hospedagem
Há três opções. Hoteis, casas de família e hostels. Os últimos, em menor número. Os hoteis custam cerca de 35 euros, as casas de família 25 e os hostels, pelo menos o que eu fiquei, custava uma merreca de 8 euros.
Mas se você procurar pela internet, não vai achar assim tão fácil. A melhor maneira de encontrar um bom lugar para ficar em Cuba é mesmo falando com alguém que lá esteve.
Então, eu vou te dar a dica:
O nome da senhora é Magnólia Alonso e ela tem um perfil no Couch Surfing: https://www.couchsurfing.com/users/4360076/profile
Hamel Hostel.
Owner: Magnolia
Hospital # 308 between San Lázaro and Hamel
Centro Habana, Cuba
Phone: 8734222
Area Code: (+53) 7
Postal Code: 10200

O local está em frente ao Callejón Hamel, uma ruazinha cheia de cubanidade. Com muita música, restaurante dos Orishas, gente jogando caracoles, etc. Fica em Habana Centro, um local velho e cheio de charme. Ela é uma flor de pessoa, te oferece café da manhã (bem baratinho), almoço, conversa, etc. Morando por aqui, você encontrará comércio típico cubano e tudo sairá mais barato, mas precisará ter o peso cubano contigo, não o CUC. Bem, vamos falar do CUC agora....



Um país, duas realidades
Eu não vou fazer nenhuma análise sociológica da questão cubana. Vou só dar mesmo algumas dicas e o que pensar fica por conta de cada um. Cuba é um país com duas moedas. Segundo contam meus amigos de lá, houve um tempo no qual a economia começou a ser dolarizada. E também devido ao turismo, o governo resolveu criar duas moedas, pois toda a vida em Cuba é bastante financiada pelo governo. Já que os salários são baixíssimos, os cubanos pagam nada ou muito pouco por diversos itens, como transporte, alimentação, ócio, etc.
Bem, então há duas moedas. O CUC (peso cubano convertível) está vinculada ao euro. Vale relativamente o mesmo. É uma moeda que deveria circular mais no turismo....mas...bem.... Já o peso cubano é a moeda nacional cubana. O câmbio é mais ou menos o seguinte:

1cuc = 24 cup (pesos cubanos)
1 cuc = 1,25 euros
1 euro = 30 pesos cubanos


Um almoço como este custa em torno de 25 pesos cubanos.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Se você pretende vir a Buenos Aires, há dez coisas que precisa saber!
1. Que as “heladerias” são as sorveterias são dos italianos e é ordem provar o sorvete de doce de leite;

2. Que as “verdulerias” são uma mistura de verdurão e frutaria e são de peruanos ou bolivianos. Bem, também não há muitas frutas ou verduras. Banana, mamão e manga são artigos de luxo;

 3. Que os “chinos” não se resumem às pessoas que nasceram nesse longínquo país, mas também denominam os supermercados de bairro que, por sua vez, são de propriedades dos chineses;

 4. Que “kiosko” é a vendinha da esquina, aquela onde você vai encontrar todo tipo de porcaria, como balas, doces, cigarros, etc, e que seus donos são argentinos, muitas vezes não tão bem humorados quanto os italianos, peruanos, bolivianos e chineses;

5. Que uma “Ensalada completa” não é COMPLETA. Vai ter: alface, cenoura, tomate, ovo cozido e, às vezes, beterraba. E quando você perguntar cadê as outras coisas pra ela ficar completa o garçom vai te olhar com aquela cara de “onde esse cara pensa que tá?; 

 6. Que o “ll” e o “y” tem o mesmo som e, bem, se você não estudou espanhol com um argentino ou um uruguaio não vai entender um caralho (o un catso – é, eles vivem falando algumas coisinhas italianas, como se estivesse na itália....) nenhum. 

7. Que a carne é muito boa, assim como as empanadas e as massas. Mas o resto é o resto. Então se você é vegetariano, troque sua passagem e vá tirar férias em outro lugar;
8. Que a cerveja se serve quase gelada. É, quase gelada mesmo. Mesmo no verão. E não adianta olhar de cara feia. E é de um litro, colega. Aquela cerveja vestida de noiva que refresca até a alma só no Brasil mesmo. E o brasileiro, ingênuo, pergunta pro garçom:
- no tiene camisita de la cerveza???
- Como? Camisita? 
- Sí, sí, es como una ropita para no calentar. 
- Ahhhh, tegopor!? 
- Isso, Isso, para que no se ponga caliente. Hace muito calor agora....
- hummm, no, no hay señor. 

9. Que eu deveria ter avisado antes, mas que se voce pretende comer em um restaurante, tenha paciência. Aqui eles “disfrutam” o prazer de comer. E também de esperar.

10. Que os homens se beijam no rosto e nem por isso são gays. Eles acham bonitinho e carinhoso.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

A última vez em que eu me apaixonei
- Joana, mas você se apaixona rápido demais. Você não sabe o que é se apaixonar de verdade. - Ai, mas você acha???? Mas eu nem me apaixono tantas vezes e tão rápido assim. - Ah, é? Então qual foi a última vez que você se apaixonou? - Uai.... - Conta. - Tá, tá, vou contar. - Foi no mês passado. - E? - E quê? - Em quanto tempo se apaixonou? - Umas duas horas. Mas duas horas é um tempo razoável. (risos) - Ai, Joana. - Mas ele era envolvente, ele era diferente de todos os outros caras que conheci. Sabe, foi daquelas histórias de filme. Eu sempre me apaixono nesses casos, né? Mas eu não resisti. Ele sentou do meu lado no ônibus, haviam mil lugares, mas ele escolheu justamente o meu. E eu não pude resistir, ele era um haitiano de 1,90, negro. Era um deus negro. Nunca vi um homem tão bonito em toda a minha vida. E fomos conversando, conversando, aquela mistura de castellano com francês e crioulle estava me matando. Mas caí mesmo de amores quando ele começou a falar crioulle, era tão doce....e me dizia pra olhar as estrelas. Fiquei perdidamente apaixonada. Nos pedimos no terminal rodoviário de Córdoba e nunca mais nos vimos. Passei toda a viagem suspirando. E ficou. Minha paixão de 2h. - Você é engraçada e louca. - Você deveria se apaixonar mais. É gostoso, que nem chocolate.

terça-feira, 7 de junho de 2011

Mapuches em greve de fome há 85 dias!

Quatro presos políticos mapuches completam hoje 85 dias da greve de fome, iniciada no último 15 de março, como protesto ao julgamento parcial que receberam, à condição de preso político e a todos os vícios que envolvem o processo. Jonathan Huillical Méndez, Jose Huenuche Reimán e Ramón LLanquileo Pilquimánoram haviam sido condenados a vinte anos de prisão por uma tentativa de homicídio e o roubo a um agricultor, em 2008. Entidades de direitos humanos contestam a validez das provas e do julgamento dos mapuches.
Na última sexta-feira, 03 de junho, eles tiveram suas penas revistas pela justiça chilena. As penas foram rebaixadas para três anos, exceto a de Héctor Llaitul Carillanca, ex dirigente da Coordenadora Arauco Malleco (movimento que organiza a luta mapuche no Chile), foi sentenciado a quatro anos, mas antes deve cumprir outra condenação de cinco anos. O rebaixamento das penas é, sem dúvida, uma resposta às intensas manifestações que vem sendo realizadas no Chile e no exterior. Diversas organizações condenam a perseguição do Estado chileno aos mapuches. No Chile ainda vigoram leis antiterroristas da época da ditadura militar. No caso dos mapuches, foi usado o recurso de testemunhas sem rosto. Atualmente, há mais de cinquenta presos políticos mapuches no Chile e muitos mapuches passaram à clandestinidade para seguir com sua luta por autoderteminação.
Segundo o último informe médico, realizado em 29 de maio, Héctor Llaitul Carrillanca de 43 anos, perdeu 23kg, e Jonathan Sady Huillical Méndez, de 23 anos, perdeu 21kg. Os dois estão seriamente desnutridos. Jose Huenuche Reimán e Ramón LLanquileo Pilquimánoram estão hospitalizados e não há maiores informações sobre o estado de saúde deles. Na próxima edição de AND, veja a cobertura completa.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Pequeño guia de turismo de Buenos Aires (a ótica de uma brasileira)

Os lugares imperdíveis, na minha opinião.

1. La Boca: conhecer o caminito, o lugar mais charmoso da cidade.
2. Puerto Madero: um bom lugar pra dar uma caminhada no final da tarde e na noite.
3. Cementerio de la Recoleta. Meio mórbido, mas tem que ir. É arte funerária, digamos assim. Não faz meu tipo, mas se você achar muito down, pode sair correndo e dar um pulo no Centro Cultural Recoleta, que fica ao lado e um museu fantástico!
4. Feria de Mataderos. É longe pra caralho, mas vale a pena. Lá você vai se sentir numa cidadezinha pequena. É cheio de gente sorrindo e simpática, nem parece Buenos Aires! Muita gente dançando chacarera e zambas, comidas típicas e artesanatos.
5. San Telmo. Ótimo lugar. É a Lapa porteña. Claro, sem os cariocas, o que perde metade do brilho. Mas lá você vai encontrar bons bares, muita música, gente meio hippie fazendo som na rua. É preciso ter cuidado ao andar sozinho e com a grana. É a Lapa argentina, já disse...
6. Manzana de las luces. Eu nunca fui, mas todo mundo diz que é ótimo, então vou listar. Mas eu vou, prometo pra mim mesma!
7. Casa rosada. É o palácio do governo. É óbvio que tem ir lá e tirar uma foto tipo “aloha, eu estou em Buenos Aires!”. É um prédio bonitinho, a plaza de mayo fica em frente e também é um lugar que deve ser visitado.
8. Obelisco. É o marco de fundação da cidade, fica entre a Av. Corrientes e 9 de Julio, as principais da cidade.
9. Teatro Colón. Maior teatro da cidade e um dos maiores da América Latina. Chiquérrimo, gente. Fundado em 1857. Nunca fui e nem faz meu tipo, mas tem muita história e quem quiser, acho que vale a pena conferir.
10. Avenida Corrientes. Acho essa avenida o máximo. Pulsa 24h! É incrível. Teatros e livrarias abertos 24h e cheios de gente. Filas gigantescas pra cinema, teatros e cafés. É supreendente.

Bem, é só isso. Eu acho Buenos Aires, turisticamente, uma cidade pra três dias. E se você tem uns diazinhos a mais no bolso, pode aproveitar pra dar um pulo em Colônia (viagem de um dia) ou em Montevideo (pra uns três dias) ou em Tigre (um dia, a Piri argentina!). Mas quem quiser conferir e ir em mais lugares, tem museu pra caralho. E pode conferir mais coisas em:

MAPAS DE CIRCUITOS TURÍSTICOS
CIUDAD DE BUENOS AIRES

Centro de Buenos Aires
Centro Mapa General >>>
Casco Histórico >>>
Av. Corrientes >>>
Av. de Mayo >>>
La Boca en Buenos Aires
Circuito La Boca >>>
Palermo en Buenos Aires
Palermo Mapa General >>>
Palermo Bosques y Lagos >>>
Palermo Chico >>>
Palermo Soho, Viejo y Hollywood >>>
Puerto Madero en Buenos Aires
Circuito Puerto Madero >>>
Recoleta en Buenos Aires
Circuito Recoleta >>>
San Telmo en Buenos Aires
Circuito San Telmo >>>

Dar um up na vida!

Tem hora que é preciso dar um up na vida.
Ou seja, parar de reclamar e colocar o corpo e a mente em movimento.
Desde que voltei a Buenos Aires estou procurando viver esse momento.
Já me sinto bem mais familiarizada à cidade e por mais que hajam coisas que eu deteste, tem coisas que eu adoro e preciso vivê las. Então acabou essa onda de reclamar e agora a onda é aproveitar, disfrutar, afinal só tenho mais uns meses por terras porteñas.

Pra ajudar nesse novo ritmo, nessa nova visão, estou procurando fazer muitas coisas que me fazem bem, coisas que me dão prazer (não tô falando de sexo,gente!).
Estou aproveitando a vida cultural dessa cidade que é simplesmente demais.
Desde que cheguei já fui: Noche en vela (uma noite onde toda a cultura da cidade fica à disposição até as 7 am! foi incrível), três festivais de cinema, viajei a Montevideo, Festival Polo Circo, e não lembro mais, mas tenho saído muito....

E a parte física: me matriculei no Megatlon, a maior academia da cidade. Voltei ao pilates de solo, e comecei yoga e streetching (que é o melhor). Tentei a piscina, mas achei a água fria pra mim...rererere

Mas é isso. Alimentando a cabeça, a alma e o coração. Construindo novas maneiras de socializar por terras argentinas, mas com muita saudade do Brasil.

Um bjo, gente.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Novos e velhos paradigmas

Engraçado como às vezes nos encantamos tanto com novos paradigmas, com novidades que surgem do nada e pensamos: era isso que faltava na minha vida.
E você vai tentando viver esse novo paradigma.
Até que um dia se dá conta de que ele já não é mais tão novo assim e que não tem a menor graça.
Você vê que o que está dentro de você, impregnado, como ferro na sua alma, é aquilo que você sempre foi e achou que poderia mudar com a chegada do novo paradigma.
O que estou querendo dizer é que eu estou de volta. Ainda meio com preguiça (ou um pouco de medo) da profundidade, mas certamente com um pouco de nojo da superficialidade.