segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Eu também sofro por amor

Todos os dias pensava em como eu te amava, em como você me completava.
E por mais que você estivesse longe, isso me fazia bem. Me fazia sorrir.
Eu olhava ao meu redor, e todos eram tão pequenos perto de você.
Aos poucos, essa sua presença certa na minha vida, foi ficando cada vez mais longe.
Eu já não podia sentir teu cheiro, ouvir tua voz e meu coração foi ficando apertado, deixando de bater.
O amor, eu sempre achei isso, eu invento. Inventei meu amor por você. É certo que havia materialidade na qual me apoiar. Fatos concretos. Mas como explicar fatos concretos aos sentimentos? Eu inventei esse amor e o vivi por um ano e dez meses.
Agora, eu preciso que ele vá. Eu preciso des-inventá-lo.
Nunca me doeu tanto fazê-lo. E eu sinto que talvez esse processo não seja tão fácil quanto os anteriores. Pela primeira vez, dói profundamente.
Mas a vida aqui me chama.
É primavera e já vem o verão.
Eu te amei muito.
Desculpe, mas eu já não posso mais.